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01 outubro 2013

Relações amorosas no mundo atual




Após os anos 70, período no qual se deram as lutas pela liberação sexual, a libertação da mulher, e a aceitação do hippie e do amor livre, o homem contemporâneo parece buscar os aspectos tradicionais e só assim, conquistar a estabilidade emocional. 
O mundo atual é globalizado e encontra-se em alta velocidade, a vida profissional tem pressa e seus habitantes vivem correndo mesmo no tempo livre, estamos viciados em “ter pressa”. Isso gera egoísmo.  E assim, as relações acabam ficando em segundo plano e anseiam dedicação e confirmação do amor.
Abrir mão do romantismo e do cavalheirismo está custando viver com a insegurança. O verdadeiro amor, aquele de Vinícius de Moraes, pede fidelidade, estabilidade e entrega. Caso contrário, sofre e se angustia. 
Estamos vivendo num planeta de angustiados, afinal, ocupadíssimos no trabalho, com as tecnologias, nas redes sociais. Algumas pessoas, viciadas no que é material, só buscam ter. Mas não é possível ter uma pessoa, não está disponível nas vitrines. Assim... nasce o ciúme! 
Olhar ao redor assusta, tira o chão e faz descrer no ideal amoroso. Engano. Não se preocupe, com todas as dificuldades ele existe, chega para enlouquecer a sociedade moderna ou nos colocar no prumo. A escolha é de cada um. Ou larga o relógio,  esquece o celular e o julgamento aos olhos dos outros e conhece a verdadeira segurança. Ou se torna insano como a maioria, já que os valores estão de pernas pro ar.

10 dezembro 2012

A NÃO DEMOCRACIA DA ARTE



O grito

Ainda hoje ela é restrita aos ricos, mas a arte deveria ser um direito de todo cidadão. É importante ensinar como se lida com a arte e qual é o papel da dela na nossa sociedade. Desacostumados com a linguagem artística, as classes mais baixas necessitam de incentivos.
Do poema a uma instalação contemporânea, passando pela música e pelas telas impressionistas de Manet, as artes em geral merecem um lugar na vida escolar do jovem e de todas os outras pessoas. É importante conviver com a cultura para compreender que as obras artísticas nem sempre são feitas para agradar quem as observa, mas sim para levá-lo à reflexão.
A localização e os preços combinados com a falta de interesse, seja por ignorância ou falta de informação, mantêm afastados os pobres dos teatros, balés, galerias, orquestras e shows que não fazem parte da cultura de massa.
O flash mob, por exemplo, é uma arte engajada, inesperada, gratuita que pode acontecer em qualquer lugar,  parece ser acessível a todas as classes, se não fosse necessária a compreensão da crítica feita na ação o que por vezes impede que o homem alienado aproxime-se do movimento.
Sabe-se  que é interessante para os governantes que a população seja  – segundo Foucault- normalizada, mas a arte contemporânea tem chamado atenção e a sociedade procura meios para aprender a interpretar cada tela, letra de música e protestos artísticos... Ensinar arte nas escolas é a melhor solução parao problema da democracia da arte.

31 julho 2012

Mas enquanto eu não posso, vou imaginando...



"Como a beleza de Yolanda combina com prateleiras ao fundo, penso que ela trabalha como caixa nos supermercados. Dá-me uma súbita vontade de ir com ela, ver como vive, que música toca na casa dela, que tipo de comida, que cheiros exalam daquela culinária. Ás vezes me dá isso. Vontade de ser por um momento o outro. Só para experimentar a aventura de ver as coisas de outro lugar, sob o signo de outras culturas. Ora, se a imaginação me garante esta possibilidade de viajar na história que suponho, inspirada no que vejo, não vou ser boba de perder essa oportunidade” (Parem de falar mal da rotina – Elisa Lucinda)
Assim como Elisa me pego imaginando a vida de outras pessoas todo o tempo. Nas filas, nas fotografias, nas ruas, no ônibus e até de dentro dos automóveis me pego olhando para as pessoas que estão a minha volta. Consigo também olhar um lugar, conhecer uma realidade e "morrer" de vontade de ver o cotidiano de determinada pessoa. Ah! A curiosidade.
A minha curiosidade é tanta que numa primeira imaginação por exemplo proponho inúmeras possibilidades para vida de alguém. E naquele instante fico satisfeita. Depois de um intervalo de sete dias, onde já imaginei a vida de outras pessoas, volto a imaginar pela segunda vez a vida daquela primeira pessoa, pois as minhas suposições não me bastam mais. Há vezes que fico até preocupada... Explicarei melhor: Todos nós sabemos ou deveríamos saber as dificuldades de morar em uma favela, por exemplo, mas eu acredito que existam particularidades de residir lá. E estas só quem  mora pode saber... E eu fico curiosa para saber também como é viver essas dificuldades e me preocupo. Não paro de pensar como a pessoa lida com isso, como é o emocional dela, será que ela tem alguém para conversar?A família dela como será?
Penso que gostaria de passar uma semana acompanhando cada um dos meus personagens, pelos quais eu vou me interessando pelas ruas, nos jornais e nas fotografias. Aquela criança que parecia triste, a mulher com o rosto cansado, o índio, uma família honesta moradora de uma favela carioca, uma família que mora em uma daquelas casinhas que quando viajamos vemos no meio do nada, uma pessoa que sofre preconceito, uma jovem mãe, uma família sem luz elétrica, uma adolescente de família tradicional indiana, uma mulher ou homem que chamamos “do lar” e tantos outros.
E pensando bem e acho absurdo não termos interesse ou curiosidade por realidades diferentes, além de aprendermos com elas devemos nos importar com as dificuldades das pessoas que as vezes não é nem um terço da nossa, dar valor aquela pessoa que é muito mais forte do que nós achávamos que éramos. Se eu vivesse a vida dessas pessoas nem que por um dia eu ia ser alguém melhor e teria tantas perguntas de como ela se sente diante da vida... Mas no fim eu poderia dizer: Te entendo.
Mas enquanto eu não posso, vou imaginando e me perguntando. Porque assim como diz a Elisa Lucinda: não vou ser boba de perder essa oportunidade!

17 março 2012

Trânsito da vida


Assim como a educação no trânsito na qual os veículos maiores deveriam proteger os pequenos - seguindo a ordem: caminhão, ônibus, carro,moto e bicicleta - , na vida acontece o mesmo até um certo ponto, mas este deveria ser superado caso a sociedade permitisse.
No trânsito, os motoristas e pedestres fingem desconhecer essas leis, regras e ideais, às vezes por pressa em outras por puro egoísmo. Os ônibus se aproveitam do tamanho para intimidar e diminuir os direitos dos veículos menores. E em meio ao caos urbano acontecem acidentes entre o que poderíamos chamar de "protetor" e "protegido". Dois veículos em um mesmo asfalto, parando nos mesmos sinais, com as mesmas leis... Motoristas de veículos maiores se acham mais importantes na rua, por pagar IPVA mais caro ou por ter um automóvel melhor? Será? Se fosse de fato mais especial,  dirigiriam em asfalto banhado a ouro, não parariam nos semáforos, isto é, teriam regras exclusivas... Enquanto isso, os pequenos e populares automóveis respeitariam as leis-padrão.
Assim como os caminhões e ônibus, os mais ricos da sociedade fazem com os mais pobres. Muitas vezes o povão se sente intimidado, enquanto os ricos por se acharem superiores, sentem-se injustiçados por ter que pagar mais por um imposto ou outro taxa qualquer, por exemplo: todos nós um dia ouvimos um "ônibus-humano" (ou você mesmo) dizer que é um absurdo pagar mais impostos para que os filhos dos pobres tenham professores nas escolas. Estes, estão negando a tal proteção também... Tão negando contribuir com a sociedade na qual vivem.
Assim como no trânsito, quem pode amparar os menores, deve fazer desta capacidade uma lei do "trânsito econômico da vida". Ou então, assim como no trânsito...acidentes vão continuar acontecer.
 Este é o caminho para vivermos numa sociedade mais justa, seja no trânsito, seja nas relações - que atualmente são permeadas de indiferenças e humilhações...

15 março 2012

Morrer e viver


Do ponto de vista filosófico pode-se estar vivo ou morto, podemos morrer e viver quantas vezes quisermos durante nossa vida. E o melhor de tudo, depende só e somente só, de nós mesmos.
Dizem os filósofos que estarmos vivos dá mais trabalho. Afinal, pensar dá trabalho. Mas, só está vivo filosoficamente aquele que pensa e que tem visão crítica perante as situações, noticiários, enfim a tudo que acontece ao nosso redor. Logo, é necessário pensar o tempo todo, inclusive no momento em que precisamos fazer nossas próprias escolhas. Estar vivo nos exige também muita responsabilidade, pois apenas você é o responsável pelos seus pensamentos, opiniões e atitudes. Caso não sejamos autores de nossos princípios, estamos mortos.
Estarmos mortos, por sua vez, é deixarmos que pensem por nós e que façam nossas escolhas. O lado bom é que a responsabilidade já não nos cabe. Uma vez que a decisão e as palavras não nos pertencem, não seremos nós que iremos responder por elas. Mas será que vale a pena seguir e repetir o que nos dizem em troca de conforto?
Atualmente, a mídia nos traz juntamente com a notícia uma opinião formada. Logicamente cada mídia traz a opinião que as convém. Se estivermos atentos o suficiente para separar a informação da opinião de determinado veículo de imprensa, deixaremos de questionar o que nos é transmitido e morreremos no caso em questão. No contrário, pensaremos sobre e formaremos nossa própria opinião, a partir de muita reflexão e análise crítica. Há que canse de pensar e morra por escolha. Outros passam a vida inteira mortos por falta de opção ou talvez educação e cultura.
Pseudo cults dizem que assistir novelas, ler livros sem muito valor -  em termos de conhecimento -  é “perder” seu tempo com programas que não lhe acrescentam em nada intelectualmente. Para estes, isto seria ALIENAÇÃO. Talvez não...
Novela é uma paixão brasileira, um vício. Esse laço com as telenovelas é natural e compreensível. Em sua maioria, retratam um pouco das nossas vidas, o dia-a-dia do rico e do pobre; do empregado e do patrão; da mocinha e do vilão. Com situações semelhantes ou até idênticas as que passamos. A vida tem seus momentos de tragédia e é no momento que assistimos a tragédia na novela que fazemos nossa catarse. A catarse é o que nós faz admirar o cinema, a novela, o teatro..Nos faz compartilhar as decepções e alegrias com as personagens e até chorar. Esse fenômeno psicológico é fundamental para nos purificarmos e nos mantermos sãos.
Podemos muito bem usufruir do que não nos alimentará intelectualmente, mas nós trará prazer desde que: questionemos. Mas acredito, que também não há problema em se enganar um pouco e morrer durante a novela. Só assim assistimos a história dessa crueldade que chamamos de vida e acreditamos num final feliz. Você já morreu?