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13 março 2012

Globalização é imaginação.




   Que beleza! Só ouvimos falar sobre os inúmeros benfícios da globalização... Afinal de contas,  o "Globo Terrestre" está se comunicando, diminuindo as distâncias e  culturas também estão se conhecendo.
   Mas sabemos que, não é exatamente, o mundo inteiro que esta globalizado e que nem todos tem o direito à inclusão.
Sem dúvida, as ferramentas que mais colaboram para essa ‘’globalização” são o computador, a internet e o barateamento dos meios de transporte e da televisão. Mas apesar disso existe em mim uma questão que gira ao redor das famílias residentes nos sertões do Nordeste, na África e entre lugares desse mundo nem tão globalizado.

   Segundo a ONU, 1,5 bilhão de pessoas ainda não tem acesso a luz elétrica no mundo. No Brasil, a porcentagem da população sem o recurso está em exatos 10%. Esses pobres excluídos não impedem a felicidade das nações e o orgulho de dizer que o mundo está globalizado. Está?
   Mas espera aí, globalização não é integração econômica, social, cultural e política do mundo todo? Acontece que quem não tem luz elétrica não se comunica com ninguém que não esteja a poucos passos de distância, muito menos com com todo globo terrestre. Por exemplo, quem não tem o que comer na África, não se preocupa com o que acontece no globo terrestre. Os que convivem com a miséria no Mali, para citar um outro exemplo, não tem a preocupação com de meio de transportes para qualquer lugar do globo terrestre. Os nativos de Guiné-Bissau com sua enorme pobreza  também não têm noção de qualque uma dessas coisas.
   Sendo assim,  fica claro o sistema. Só se preocupam em globalizar quem pode contribuir com a expansão capitalista. Estes citados acima, se duvidar, não sabem nem o que se passa no mundo por motivos óbvios. Eles não têm dinheiro para a tal contribuição, nem cultura e muito menos conhecimento... Fica díficil para quem não tem dinheiro nem para comida... A aldeia global, como chamam os defensores dessa ideia, visa à expansão do mercado nos países mais desenvolvidos já que o comércio interno está saturado. E foi assim, que mais uma vez, nós estamos virando as costas para quem mais precisa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Maria Eduarda,
Acho que não é só imaginação, mas "intenção". Realmente, antes há de se reparar todos que não tem direitos básicos na vida.