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18 junho 2010

Legalização do aborto induzido no Brasil





























Uma gravidez, quando não desejada pode levar uma mulher/menina ao aborto induzido. Visto, na maioria das vezes, no momento do desespero como uma solução para o “problema”. Mulheres que estão no auge da carreira profissional e que acreditam que o filho prejudicaria sua ascensão, mulheres desempregadas, mulheres vítimas de violência doméstica, meninas e mulheres que são vítimas de estupro, meninas que ainda estudam, mulheres e meninas que estão iniciando um namoro, meninas com gravidez precoce, mulheres e meninas que tem a vida financeira desestabilizada, meninas que tem o medo de contar para os pais - e nesses casos muitas vezes são até expulsas de casa... Todas essas situações são realmente impróprias para o nascimento de uma criança mas nada é impossível, mas para isso é preciso ter calma e cautela.
Existem hoje três tipos de aborto: os abortos espontâneos, conhecidos como a perda do feto, é um aborto involuntário e natural causado pela replicação incorreta dos cromossomos. O aborto terapêutico que é feito para preservar a vida ou saúde da gestante, evitando assim riscos ou um parto que geraria uma criança com enfermidades fatais. E por fim, o aborto induzido que é a interrupção voluntária da gravidez e pode ocorrer pela ingestão de medicamentos ou métodos mecânicos, dependendo do período da gravidez. Em muitos países esse processo é legalizado, já em outros não. A ética dessa situação gira em torno de estudos que dizem que o embrião já é um ser vivo e ainda existem outros estudos que contradizem isso. Não só nos estudos, mas também no direito da escolha da gestante sobre o direito de interromper ou não aquela gravidez.
O aborto quando ocorre pela ingestão de medicamentos, ou seja, nos três primeiros meses de gestação, é o aborto químico e não cirúrgico. Consiste na combinação de medicamentos que levam a explosão do embrião, mas quando há falha é necessário recorrer a aspiração uterina, procedimento cirúrgico, que até seis semanas de gravidez pode ser feito manualmente com aparelho de vácuo elétrico ou cânula flexível. Em ambos os casos, acompanhado por ultrassom. Após os três meses de gestação o procedimento é cirúrgico. É aplicado anestesia, promovida a dilatação cervical, e posteriormente é inserido na vagina um aparelho cirúrgico que parte o feto em pedaços. Por último, é feita uma aspiração. Depois de retirado, os médicos remontam o feto – como se fosse um jogo de quebra-cabeça - para ter certeza que não ficara nenhum pedaço dentro com possibilidade de infecção.
Apesar do modo violento de que é realizado o aborto induzido, ele pode trazer conseqüências graves como câncer de mama, pois na gravidez as células mamárias são trocadas para produção de leite e quando interrompida a gravidez, interrompe a troca das células restando assim algumas vulneráveis à contração da doença. Uma outra conseqüência significante é a possibilidade da mulher adquirir uma síndrome pós-traumática, que é um distúrbio psicológico em mulheres que se submetem ao aborto e sentem culpa pro resto da vida se tornando pacientes psiquiátricas muitas vezes. Além dos possíveis prejuízos causados à mãe, existe também a possibilidade da dor sentida pelo feto. Algumas pesquisas defendem que o feto a partir da sétima semana é capaz de sentir dor, pois os receptores de dor da pele se formam no sétimo mês e a parte do cérebro ligada ao sistema nervoso é formada no quinto mês. Sendo assim o aborto induzido não é seguro para ambas as vidas - uma vez que causa a morte e a dor do feto, sem direito de defesa. Mas também pode causar a morte da mãe, pois nem sempre esses procedimentos são feitos em lugares adequados.
Apesar da falta de desejo por um filho, ele certamente poderá trazer felicidade em algum momento de sua existência, se não em todos os momentos. Trará mais felicidade ou menos infelicidade do que a possibilidade de um câncer, de um distúrbio eterno ou do sentimento de culpa que pode atormentar por um período ou para sempre.
No Brasil onde o aborto não é legalizado, é mais provável que seja feito por um médico não qualificado e com toda certeza, um médico que vai contra ética da profissão, o que aumenta muito os ricos de que alguma fato inesperado aconteça.
Da mesma forma que pra nós uma morte lenta através de medicamentos ou fatal através de cortes que nos partiriam em sabe-se lá em quantos pedaços seria doloroso, é doloroso também para o feto. Está certo, a ciência não tem certeza desse dado, mas e se aquele pequeno ser sentir? Seria horrível! As dificuldades da vida, o indesejo, a interrupção de uma carreira ou escola.... nada justifica a morte de um ser indefeso e quiçá a própria morte.

7 comentários:

Denilson Botelho disse...

Acho que o aborto não é bom para ninguém e com certeza não é a forma indicada de evitar filhos. Os métodos contraceptivos estão aí para serem conhecidos e utilizados. Contudo, discordo totalmente de você. Acho que acima de tudo deve prevalecer o direito da mulher sobre o seu corpo. Afinal de contas, quem engravida é a mulher e muitas vezes os pais simplesmente agem como se não tivessem participado do ato sexual. Em nome do direito que toda mulher deve ter de escolher se vai ou não abortar, defendo que a prática seja legalizada e que se estabeleçam os protocolos médicos para este procedimento, que deve ser realizado com segurança nas redes públicas de saúde para atenter as mulheres pobres. Porque a classe média e os ricos conhecem muito bem a clínica de aborto mais próxima. Não sejamos hipócritas: se os ricos e remediados podem, porque as mulheres pobres têm que se sujeitar a fazer o aborto nas piores condições?

Unknown disse...

Devemos nos precaver para a situção não alcance esse ponto.Falta de informação para evitar uma gravidez indesejada não é desculpa,pois todos nós temos acesso,independentemente da classe social. Portanto vamos ficar atentos.Responsabilidade!!!!!!

Filha, mais uma vez parabéns pelo texto.Meu orgulho por vc só aumenta e me faz ver que nosso trabalho na sua criação e direção está sendo bem feito!
Parabéns,bj TE AMO!!!
Papai

Lu Chagas disse...

Filhota,
Mamãe concorda com você. Acho que a mulher deve se prevenir. E o parceiro também é responsável pela escolha do sexo seguro ou não. Viva a camisinha que previne a gravidez e outras inúmeras doenças, inclusive a AIDS.Que tal um artigo sobre a tão famosa camisinha? Acho bacana! E poderia ir para o Jornal do grêmio também! Te amo demais! Adoro seus textos. Escreva mais e sempre!

Anônimo disse...

Parabéns, Maria! Adorei a decisão de voltar a escrever. Parabéns por saber defender seu ponto de vista!!!

Beijo,
Dinda

Sergio Brandão disse...

Gostei do texto! Bem informativo, inclusive. Mas a segunda foto é mesmo necessária??? Beijos e saudades da família!!!

Unknown disse...

Parabéns neta. Achei muito valiosa a opinião de uma adolescente num assunto tão polêmico quanto o aborto. Vamos torcer para que ele possa servir de luz para muitas meninas irresponsáveis que existem por aí.
beijos.

Unknown disse...

Texto muito bem escrito prima, concordo com você. Adorei!
Beijos