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24 junho 2010

Adoção


“Quero ter um filho meu!” Essa é a frase mais comum quando se trata de adotar alguém, seja ele ou ela, criança ou jovem. Mas a partir do momento que você adota, é seu. Afinal, o objetivo é fazer com que o indivíduo se sinta seu, se sinta parte da família.
Talvez seja minha ilusão jovem, mas é tão simples. As pessoas têm medo? De não saber lidar, contar ou não contar a história da criança? Medo da reação? Medo de criar um alguém que tem um passado possivelmente traumático, triste? Ou é egoísmo? O mundo já está repleto de seres humanos, tem tantos que já não há igualdade, não conseguimos sequer pensar em um caminho para chegar até ela. “Os pobres estão presos à falta de comida, mas os ricos estão aprisionados a tristeza, ao isolamento” *.
Na minha opinião, chegamos a um ponto em que as mulheres deveriam deixar essa realização de gerar alguém de lado. Há órfãos implorando por atenção e carinho pelo mundo inteiro. Brancos, negros, azuis, cores de rosa, loiros, morenos e todos TÃO LINDOS e todos te tratarão muito bem. Se você demonstrar carinho, eles são capazes de te amar imediatamente.
As mães, o governo, os familiares já não estão dando conta de tantas vidas. Já passou da hora de quem tem condições dar um novo lar, uma nova vida a quem realmente precisa.
Esse ano, estive por duas vezes numa instituição que abriga crianças e adolescentes. Dá vontade de levar todo mundo pra casa! Você se sente importante, eles é que passam felicidade para nós que temos tudo dentro de casa. E com o primeiro sorriso que recebi vi que não há nada material que me dê mais satisfação do que um sorriso gostoso. Eles transmitem saúde, alegria e te deixam leve, tratando de nossas mentes.
Adotar é tão bonito quanto ter literalmente um filho. Afinal, os pais são os que criam. Chega de pré-conceitos. Você fará tão bem a eles, quanto eles a você. E lembre-se sempre que a justiça desumana diz que aos 18 anos essas “crianças” têm que deixar o abrigo/orfanato. Para onde irão?

* Frase retirada do programa:mulher 360, canal:Discovery home and helf


5 comentários:

Denilson Botelho disse...

Gosto desse tema, Duda. A paternidade ou maternidade é sobretudo uma relação de amor, que prescinde de espermatozóides e óvulos. Acho que adotar é um gesto de amor, uma forma especial de escolher ser pai ou mãe sem preconceitos, simplesmente porque se escolhe ter filhos. E aí independe de que barriga veio uma criança. Pai e mãe é quem cria, dá amor, carinho e atenção. O resto é apenas biologia...

Lu Chagas disse...

Filha,
Concordo com o Deni. Tem um monte de pais biológicos que não estão nem aí para seus filhos... Ser pai e mãe não é para qualquer um.
Parabéns pela reflexão.
Mamis

Unknown disse...

Adoção é talvez um dos gestos mais bonitos....podemos devolver a criança a esperança de vida!Filha parabéns mais uma vez pelo texto.
Te amo
bjs

Sergio Brandão disse...

Não sabia ou nunca tinha parado pra pensar nessa "lógica", ou justiça desumana como você bem chamou, do que acontece quando a criança chega aos 18 anos em abrigos e orfanatos... É de doer mesmo!!! Bjs.

Anônimo disse...

Maria Eduarda,
Você me surpreende a cada texto.
Está de parabéns. O amor incondicional é fator importante para a criação dos filhos, sejam biológicos ou não. As pessoas tem que ter certeza da necessidade de criar um Ser e dar a ele todas as condições necessárias. Outro dia li uma reportagem, que vários pais adotivos, depois de algum tempo, devolveram as crianças para o orfanato, assim como pais biológicos abandonam também seus filhos.
beijos.